O TDAH na fase adulta é uma condição que afeta a atenção, o controle dos impulsos e a regulação do comportamento. Embora seja mais frequentemente diagnosticado na infância, muitos adultos também convivem com o transtorno sem sequer saber. Quando o TDAH na fase adulta está presente em pessoas autistas, os desafios podem ser ainda maiores, exigindo estratégias específicas para lidar com o dia a dia.

Sintomas do TDAH na Fase Adulta

Impulsividade

Os sintomas do TDAH na fase adulta variam de pessoa para pessoa, mas alguns sinais comuns incluem:

    • Dificuldade de concentração: distração constante, esquecimento de tarefas e dificuldade em concluir atividades.

    • Impulsividade: tomada de decisões sem pensar nas consequências e dificuldade em controlar reações emocionais.

    • Desorganização: problemas para gerenciar tempo, cumprir prazos e manter espaços organizados.

    • Hiperatividade mental: pensamentos acelerados e dificuldade para relaxar.

    • Problemas com a regulação emocional: mudanças bruscas de humor e frustração intensa.

Ana, 32 anos, sempre sentiu que sua mente estava cheia de pensamentos ao mesmo tempo. No trabalho, ela se distrai facilmente, começando várias tarefas sem conseguir terminar nenhuma. Às vezes, se sente sobrecarregada e procrastina até o último momento. Em casa, esquece compromissos importantes e têm dificuldade em manter o ambiente organizado. Só recentemente ela percebeu que esses desafios podem estar ligados ao TDAH na fase adulta.

Muitas pessoas adultas com TDAH podem ter dificuldades no trabalho, nos relacionamentos e até na administração financeira devido a esses sintomas.

Diagnóstico do TDAH na Fase Adulta

O diagnóstico do TDAH na fase adulta pode ser um desafio, pois os sintomas podem ser confundidos com estresse, ansiedade ou outros transtornos. O processo de avaliação geralmente inclui:

    • Entrevistas com um profissional de saúde mental.

    • Questionários sobre padrões de comportamento desde a infância.

    • Avaliação do impacto dos sintomas na rotina diária.

Carlos, 40 anos, sempre acreditou que sua dificuldade em manter a atenção era apenas falta de disciplina. No entanto, depois de enfrentar problemas constantes no trabalho por perder prazos e esquecer reuniões, ele decidiu buscar ajuda. Durante a consulta com um especialista, ele percebeu que esses sintomas estavam presentes desde a infância, mas nunca havia recebido um diagnóstico. Com o acompanhamento correto, Carlos encontrou estratégias para melhorar seu desempenho e reduzir sua frustração diária.

TDAH na Fase Adulta e Autismo: Qual a Relação?

O TDAH na fase adulta e o autismo são condições diferentes, mas podem coexistir na mesma pessoa. Estudos mostram que uma parcela significativa de pessoas com TEA também apresenta sintomas de TDAH. Alguns desafios em comum incluem:

    • Dificuldade com planejamento e organização.

    • Problemas na interação social.

    • Sensibilidade sensorial elevada.

    • Necessidade de rotina estruturada para manter o foco.

No entanto, enquanto o autismo envolve dificuldades na comunicação social e padrões repetitivos de comportamento, o TDAH na fase adulta é caracterizado principalmente pela desatenção e impulsividade.

 

Mariana, 28 anos, descobriu que era autista aos 25 e que também tinha TDAH. Ela sempre sentiu dificuldades para entender sinais sociais e se organizar no dia a dia. A sobrecarga de estímulos, como barulhos e luzes fortes, a deixava exausta. Com o tempo, Mariana aprendeu a usar técnicas de planejamento e encontrou apoio em comunidades de pessoas neurodivergentes, o que a ajudou a lidar melhor com os desafios diários.

Estratégias para Lidar com o TDAH na Fase Adulta

Se você suspeita que tem TDAH, algumas estratégias podem ajudar a tornar a rotina mais produtiva:

    • Uso de listas e lembretes: aplicativos de organização podem ser aliados valiosos.

    • Divisão de tarefas: quebrar atividades grandes em pequenas etapas facilita a conclusão.

    • Ambiente estruturado: minimizar distrações no local de trabalho ou estudo.

    • Terapia e acompanhamento médico: o suporte profissional pode oferecer técnicas e, se necessário, medicação.

 

Pedro, 35 anos, sempre foi um profissional criativo, mas tinha problemas para cumprir prazos e organizar sua rotina. Depois de receber o diagnóstico de TDAH, ele começou a usar técnicas como o método Pomodoro (períodos curtos de foco intercalados com pausas), alarmes no celular e um planner físico. Com pequenas mudanças, conseguiu melhorar sua produtividade e reduzir a ansiedade.

Conclusão

O TDAH na fase adulta pode impactar diversas áreas da vida, mas o diagnóstico correto e o uso de estratégias adequadas fazem toda a diferença. Se você tem dúvidas sobre seus sintomas, buscar uma avaliação pode ser o primeiro passo para um dia a dia mais equilibrado e produtivo.

No próximo post, abordaremos outra comorbidade comum ao TEA. Continue acompanhando o blog para mais informações!

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